quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Eu sou e sempre serei Lininha


Saudações a todos!



Eu sou a Lininha, tenho 49 anos e vivo em Trancoso. Aos 17 anos conheci Manel o meu marido de toda uma vida. Estávamos os dois na festa da paroquia do padre Alex, quando ele se aproxima de mim, como quem não quer a coisa, e me pede para ir dar um giro com ele pela aldeia. Ai nunca me eide esquecer! Subimos o monte do pastorio e atiramos pedras um ao outro. Ainda hoje tenho a cicatriz no olho dos oito pontos que levei. Mas foi romântico. Ao fim da tardinha sentamo nos a ver o Gil das nozes a correr atras das ovelhas e ao tiroteiro com as arvores. O filha da mãe nao acertava uma! Desde dessa tarde, eu sabia que o Manel, filho da Florinda e afilhado do Alipio, seria o MEU MANEL!


Começamos a namorar dois dias depois, ele deu me uma argola ( tipo anel ) feito de cobre e com pedrinhas da calçada! Era lindo, nunca o tirei! Hoje está amarelo da ferrugem, mas o cobre está caro, num da para comprar outro. Somos um casal muto feliz. Tenhos três catraios. O Chico, a Casandra e o Cústodio.


Formei me em fivelas e agora tou desempregada, mas antes de me mandarem embora, trabalhava numa escola na cantina. O meu home é electricista e actualmente tenho um afilhado a viver com nosco o Gusto, porque o pai foi preso por posse de morfina e a mãe é emigrante no Chechenia.


Temos uma quinta com gado bravio e somos donos da drogaria da aldeia. É a nossa familia que fica responsavel por organizar a apanha da perdiz e a festa da Santa Rita na aldeia. Actualmente somos conhecidos pelas festas de anfariação de fundos para a catequese da aldeia. Somos uma aldeia religiosa e com mutas tradições.