sábado, 6 de março de 2010

Acharam me DROGA no quintal




Hoje pelas 2 e meia da tarde a PJ passou pela aldeia numa busca ao cheiro da droga. Varias casas foram revistadas mas apenas na minha, na do toxicodependente Aníbal, o jardineiro, e na cegueta, perneta e sem uma das orelhas, a Deolinda foram encontradas plantações de droga.
Há uns 3/4 anos recebi como prenda por ter ganho a corrida de sacos aqui na aldeia, duas plantas iguais as que se pode ver na foto. Desde cedo adorei a formas das folhas e o aroma que tinham. Quando as tínhamos em casa, sem sabermos porquê, éramos muito felizes. Aquele tipo de felicidade que num se sabe muito bem explicar. Graças a elas eu e o Manel fazíamos o amor 2 vezes ao mês sem qualquer tipo de medicação. Deixei também de tomar os remédios para os joanetes e para o coração, comecei uma nova terapia. A minha vizinha aconselhou me a pegar nas folhas e a fazer um cházinho com elas. Nunca mais tive dores, remédio santo. A partir daí as nossas vidas melhoraram. Comecei a meter as estranhas ervas na comida, na bebida, no banho e até uma vez curei uma infecção vaginal com elas. Elas cresciam que nem doidas e como eram tão jeitosas para as dores e para dar outro paladar á comida comecei a vende las. DEITAR FORA É QUE NUM! É PECADO. O certo é que toda a gente na aldeia andava muito mais bem disposta e raramente havia tiroteiro. Foram bons tempos! Para animar as festas religiosas da aldeia, enrolávamos as folhas e dávamos uma passas. Parecíamos os índios, à volta da fogueira a passar aquilo de mão em mão. Nunca tinham sido tão relaxantes as festas nem tão divertidas. Nunca soube porquê mas o Roberto, o anão filho da Morcela, desde ai andava sempre nu. Ainda bem que há poucos pedófilos na aldeia, e os que existem a gente sabe quem são. Coitado do miúdo tem uma deficiência na tiróide e seguindo rumores é anoréctico.
Apesar das coisas positivas, ai foi uma vergonha!!!! A policia aqui a porta a dizer que eu tinha droga. Eu sabia lá que aquilo era droga. Pensava que eram ervas terapêuticas. Ai se não são, deviam, curam tudo: diarreias, gripes, dores musculares, depressões e dores pós-operatórias.
Agora que me tiraram as plantas num sei que fazer a minha vida!!!!!!!!!! As dores tão de volta e o dinheirinho que ganhava com a venda dava me jeito. Ajudou a pagar a viagem do meu mais novo à Castelo Branco.
CONFESSO QUE VOU SENTIR FALTA!!!! AS MINHAS RICAS PLANTAS!!!


produção em conjunto com: Miguel Teixeira

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A Paroquia da Aldeia



Aqui na aldeia somos todos extremamente religiosos. Todos os domingos a população juntasse para a habitual missa com o padre Alex. Todas as crianças frequentam a catequese e são organizados inúmeros passeias pela paroquia, em que são convidadas todas as pessoas e passados verdadeiros momentos de lazer e pura maluqueira fora da aldeia. Toda a gente leva a sua merenda e passamos uma tarde bem passada. É habitual ocorrerem competições da malha e de futebol. Os miúdos adoram estas coisas. Fazemos excursões a grutas e sessões fotográficas na praia.





Este é o padre Alex da Paroquia. Está connosco faz hoje 3 anos e 25 dias e desde então não quer outra coisa. As missas costumam ser muito lúdicas. TODA A GENTE ADORA O PADRE ALEX.





Esta foto foi tirada numa excursão a Chaves. Eu e o meu home, Manel. Somos um casal tão tão feliz. Neste dia até tínhamos feito anos de casados. Foi mesmo romântico. Jantamos numa tasca à luz das velas ( tinha havido um apagar de luz ). Foi lindo. Depois fizemos o amor atrás de uma árvore. Fizemos-lo duas vezes. Que marotos :p