quarta-feira, 31 de março de 2010

A tasca do Adérito


A tasca do Adérito, é um luxo!

Aos domingos, juntas-se os 25 habitantes da aldeia a ir lá pesticar uma coisas, coxas de frango, bucho,moelas de cão, os restos da semana, camarão ali da praia de gramida, é do melhor.

Prai á uns 3 anos a inspecção fechou aquilo, porque as baratas andavam lá na mesa, mas coitadinhas só vinham buscar as migalhas.

foi a primeira tasca da aldeia, passou de geração em geração, tetra tetra tetra avó, e por ai fora até chegar ao Adérito.

A Lininha, tem um caso com ele. Mas é segredo, o adérito também é o bruxo, da aldeia, já me curou umas bolhas na minha conixa, que eram muito carnudas e davam-me cá uma comição, estava tudo impoladinho.

Não á tintol melhor do que na tasca do nosso Adérito, é bom , bom, bom, nem se nota , apanho cada borracheira, só acordo no outro dia no hospital .

Estes dias experimentei o pestico novo, o frango que parece leitão, que são os pitos criados na quinta do negrão, que são mais tenrinhos que eu sei lá.

Mas estes dias, eu nem vos digo nem vos conto, o meu Alfredo comeu mais, e meteu daquele molho especial que é piri-piri com pimenta que ate impola a cabecinha dos homes ai meu Deus, ele teve uma caganeira que ate se me partiu a cagadeira, Ai que fanfarra que foi, nem quando ele come feijoes é assim , valha-me deus.

Mas que é bom é.

Adérito, és o maior home, gosto muito dos teus caracóis, este é dedicado a ti e ao teu bergalhudo.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Mini tornado


Hoje quando estava a vender as minhas couves e o grelo lá na feira de Troncoso, veio um mini tornado que me levou a barraca pelos ares. O meu home ainda tentou ir atrás dela mas aquilo parecia como os balões dos catraios vou, vou, vou, nunca mais ninguém a viu.

A feira estava num trinta e um, era o grelo a voar por todo o lado, a pencas na cara das pessoas, a cebola toda espalhada no chão, eu já nem sabia o que mais fazer, só me apetecia ir á Alzira da mercearia comprar um quarteirão de vinho e beber até esquecer. O pior estava para acontecer quando , o vento soprava ainda mais forte e eu ouvia os berros do meu mais novo o Roberto anão, o catraio com aquele vento todo, levanta-me voo, se não era o cigano la da aldeia a agarrar-lhe por uma perna, o Sr. Lello da Constipação, ai jasus cristo nosso senhor do sacramento da trindade Maria, lá se me ia o Roberto colina acima.

Chego a casa e vejo a Linina a chorar a mulher partiu-me uma perna, andava em cima do escadote na apanha do dióspiro e caiu com o vento todo, e tadita não se conseguiu manter hirta.

Eu tinha a minha horta toda destruída, os tomates esmagados, ate pareciam os do meu home, as árvores sem folha, os marmelos todos no chão , uma tristeza.

Mas uma coisa que eu aprendi, foi que em dias de muito vento tenho de amarrar paralelos aos pés do Roberto para ela não me fugir.