Hoje quando estava a vender as minhas couves e o grelo lá na feira de Troncoso, veio um mini tornado que me levou a barraca pelos ares. O meu home ainda tentou ir atrás dela mas aquilo parecia como os balões dos catraios vou, vou, vou, nunca mais ninguém a viu.
A feira estava num trinta e um, era o grelo a voar por todo o lado, a pencas na cara das pessoas, a cebola toda espalhada no chão, eu já nem sabia o que mais fazer, só me apetecia ir á Alzira da mercearia comprar um quarteirão de vinho e beber até esquecer. O pior estava para acontecer quando , o vento soprava ainda mais forte e eu ouvia os berros do meu mais novo o Roberto anão, o catraio com aquele vento todo, levanta-me voo, se não era o cigano la da aldeia a agarrar-lhe por uma perna, o Sr. Lello da Constipação, ai jasus cristo nosso senhor do sacramento da trindade Maria, lá se me ia o Roberto colina acima.
Chego a casa e vejo a Linina a chorar a mulher partiu-me uma perna, andava em cima do escadote na apanha do dióspiro e caiu com o vento todo, e tadita não se conseguiu manter hirta.
Eu tinha a minha horta toda destruída, os tomates esmagados, ate pareciam os do meu home, as árvores sem folha, os marmelos todos no chão , uma tristeza.
Mas uma coisa que eu aprendi, foi que em dias de muito vento tenho de amarrar paralelos aos pés do Roberto para ela não me fugir.
Sem comentários:
Enviar um comentário