sábado, 24 de abril de 2010

Pena móbida...


É com nudez que me dispo em memória de Tomásio.
É com cara de alegria mórbida e estranha que me correm arrepios no corpo pela sua morte... Se eu soubesse nunca teria ido com ele comer o famoso arroz de Ganso á tasca do Falancio.
Que pena... e é com esta pena e com esta nudez que pensei num poema para escrever na campa do pobre coitado, amigo de todos e tirava sempre a camisola para ajudar a roubar. Ai, aqui vai:

Tomásio,
Quando te foste, o sol espaireceu
Olhei para a tua face já roxa
E disse "ele faleceu"

É com memória
Que relembro com alegria
A tua cara finória
Que conheci um dia

Apenas por amizade
Escrevi este poema
Se me estiveres a ver do céu
Espero que valha a pena

E com isto me despeço
Com amor e lealdade
És o rei do car jacking
Sem dó nem piedade


Tomásio para sempre imagem nos nossos corações com pena.

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