sábado, 24 de abril de 2010
Pena móbida...
É com nudez que me dispo em memória de Tomásio.
É com cara de alegria mórbida e estranha que me correm arrepios no corpo pela sua morte... Se eu soubesse nunca teria ido com ele comer o famoso arroz de Ganso á tasca do Falancio.
Que pena... e é com esta pena e com esta nudez que pensei num poema para escrever na campa do pobre coitado, amigo de todos e tirava sempre a camisola para ajudar a roubar. Ai, aqui vai:
Tomásio,
Quando te foste, o sol espaireceu
Olhei para a tua face já roxa
E disse "ele faleceu"
É com memória
Que relembro com alegria
A tua cara finória
Que conheci um dia
Apenas por amizade
Escrevi este poema
Se me estiveres a ver do céu
Espero que valha a pena
E com isto me despeço
Com amor e lealdade
És o rei do car jacking
Sem dó nem piedade
Tomásio para sempre imagem nos nossos corações com pena.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Em Memoria de Mané Tomasio 1990-2010
Manuel Custódio Amarante Tomasio, 20 anos, natural aqui da aldeia, filho do Américo e da Nanda ( a cabeleireira ), faleceu ontem. A aldeia chora a sua morte !
Segundo eu ouvi contarem na lala morrer entalado nas finanças com um grão de arroz. O pobre coitado teve uma morte lenta e tranquila. Morreu asfixiado, mas com um sorriso de orelha a orelha.
Num consumia drogas, só bebias umas copadas as vezes nada muito diário.
Manel como os amigos lhe chamavam era um moço muito alegre, solidário, sempre pronto ajudar os outros. Lembro me que uma vez, não tava em casa e ele entrou me em casa, pela janela, para me desligar o esquentador que eu tinha me esquecido de desligar, Uma jóia de moço! Quando era pequenino costumava correr nu pelas minhas plantações tomateiras e em algumas vezes chegou a fanar me umas limões e tangerinas.
Era um menino que nao se metia cum ninguem. Ajudava aqui na associação recreativa da aldeia, e ate chegou a leccionar catequese a uns miudos, mas foi expulso por ter sido caço a roubar a sacristia. Quantas e quantas vezes ele me via carregada com produto e por puro altruísmo me vinha ajudar...
Chegou a tomar muitas vezes conta do gado e dos catraios, nunca tive problemas com ele. Um menino educadissimo e era um menino muito bonito. Sempre tive inveja da Nanda pelo rico filho que tinha...
Manel nunca te iremos esquecer! Estarás connosco para sempre!
Iremos organizar um espectáculo em memoria do Manel, todos os anciãos, artesãos e etcs então convidados
É com muta tristeza que me despeço esta semana ; ((((
domingo, 11 de abril de 2010
Dedicatória
Olá e muito boas tardes.
Bim aqui á custa de muitos pedidos para fazer um grande homenage á minha linda Custódia que sem ela num dava, as coisas num dabam.
Intóm, bou primeiro dizer quem eu sou pruque isto num é assim o meu Pedrito tá aqui sempre a dizer: oh mãe diz quem és que ela num te cunhece e eu: ai pedrinho quem é que dá co taco de basketbol quando eu preciso e ele sempre a refutar e eu prontos num é.
A pedido do pedrinho sou eu. A Berónica de Alçada, grande amiga de Custodia e bim aqui para lhe agradecer por tudo o que ela faz por mim. Esta foto sou eu em Castelo De Vide quando fomos as duas exprimentar os famosos charutos de ponta de bananeira e foi uma viagem que ganhei para duas pessoas á custa do meu trabalho la na fábrica de caixas de mortalhas. Decidi cumbida-la proque ela é minha grande amiga e dibertime tanto.
Bem eu queria dizer que gosto tantu dela porque sempre tebe comigo pra tudo então quando a minha mãe me puxa pa baranda e eu: AIII PARA ela ta sempre cum a Hiundai dela parada á espreita pa bater na velha cum o taco.
Ai custódia bons tempos passamos parece ontem que nus conhecemos la na paragem de Sansão para a excursão para bermos o rock na vila. Ai meu deus que me pingam os olhos...
Que suspiro eras tão nobinha ainda me lembro que trabalhei para a fabrica de filtos e começei os designs das caixas de mortalhas graças a ti filha, ainda me lembro que fizeste o primeiro design comigo ai que alegria.
E quando tambem fomos as duas ao festival da murtalha ainda me lembro do cartaz e do dia foi lindo conhecemos os nossos maridos tao cuntente eu.
Olha Custodia o meu filho disse-me que num posso escruber mais peruque o cumputadore dele ta sem pilhas eu num percebo tenho tantas em casa e e ele insiste ai meu deus portanto tenho qir embora mas antes tenho uma mensagem especial, olha num te falecas mais pur causa dos problemas a bida num é assim tens que me apoiar para a minha dança agora da sic sabes bem que preciso dos trusses que me fazes eu amo-te amiga quero ir ao proximo festival da mortalha contigo quando receber o abono.
E bem e assim me dispeço sempre cuntigo Custódia eu adorote beijos.
Bim aqui á custa de muitos pedidos para fazer um grande homenage á minha linda Custódia que sem ela num dava, as coisas num dabam.
Intóm, bou primeiro dizer quem eu sou pruque isto num é assim o meu Pedrito tá aqui sempre a dizer: oh mãe diz quem és que ela num te cunhece e eu: ai pedrinho quem é que dá co taco de basketbol quando eu preciso e ele sempre a refutar e eu prontos num é.
A pedido do pedrinho sou eu. A Berónica de Alçada, grande amiga de Custodia e bim aqui para lhe agradecer por tudo o que ela faz por mim. Esta foto sou eu em Castelo De Vide quando fomos as duas exprimentar os famosos charutos de ponta de bananeira e foi uma viagem que ganhei para duas pessoas á custa do meu trabalho la na fábrica de caixas de mortalhas. Decidi cumbida-la proque ela é minha grande amiga e dibertime tanto.
Bem eu queria dizer que gosto tantu dela porque sempre tebe comigo pra tudo então quando a minha mãe me puxa pa baranda e eu: AIII PARA ela ta sempre cum a Hiundai dela parada á espreita pa bater na velha cum o taco.
Ai custódia bons tempos passamos parece ontem que nus conhecemos la na paragem de Sansão para a excursão para bermos o rock na vila. Ai meu deus que me pingam os olhos...
Que suspiro eras tão nobinha ainda me lembro que trabalhei para a fabrica de filtos e começei os designs das caixas de mortalhas graças a ti filha, ainda me lembro que fizeste o primeiro design comigo ai que alegria.
E quando tambem fomos as duas ao festival da murtalha ainda me lembro do cartaz e do dia foi lindo conhecemos os nossos maridos tao cuntente eu.
Olha Custodia o meu filho disse-me que num posso escruber mais peruque o cumputadore dele ta sem pilhas eu num percebo tenho tantas em casa e e ele insiste ai meu deus portanto tenho qir embora mas antes tenho uma mensagem especial, olha num te falecas mais pur causa dos problemas a bida num é assim tens que me apoiar para a minha dança agora da sic sabes bem que preciso dos trusses que me fazes eu amo-te amiga quero ir ao proximo festival da mortalha contigo quando receber o abono.
E bem e assim me dispeço sempre cuntigo Custódia eu adorote beijos.
domingo, 4 de abril de 2010
As minhas ferias da Pascoa em Pessegueiros, Pampilhosa da Serra
Férias em família em Pessegueiros
Eu e o meu Manel andamos o ano todo a juntar uns dinheiros para que estas ferias pudéssemos ir para fora passar umas ricas ferias. Toda a família alinhou e decidimos ir para Pampilhosa da Serra. Uma aldeia com tradições e bastante sossegada para uma ferias calmas no campo. Tivemos fora por duas semanas e aproveitamos da melhor maneira. Fizemos banb jamping, canoagem, participamos uma festa nudista contra a caça da grelha, paint boll, apanha da noz e fava, pic pique na serra e jantar com toda a aldeia.
Aqui ficam uma fotos das ferias, espero que gostem e comentem.
Eu e o meu Manel, mais as minhas sobrinhas, a Cristina e a Flabia Vanessa
O meu mais novo
Os jantares em família
quarta-feira, 31 de março de 2010
A tasca do Adérito
A tasca do Adérito, é um luxo!
Aos domingos, juntas-se os 25 habitantes da aldeia a ir lá pesticar uma coisas, coxas de frango, bucho,moelas de cão, os restos da semana, camarão ali da praia de gramida, é do melhor.
Prai á uns 3 anos a inspecção fechou aquilo, porque as baratas andavam lá na mesa, mas coitadinhas só vinham buscar as migalhas.
foi a primeira tasca da aldeia, passou de geração em geração, tetra tetra tetra avó, e por ai fora até chegar ao Adérito.
A Lininha, tem um caso com ele. Mas é segredo, o adérito também é o bruxo, da aldeia, já me curou umas bolhas na minha conixa, que eram muito carnudas e davam-me cá uma comição, estava tudo impoladinho.
Não á tintol melhor do que na tasca do nosso Adérito, é bom , bom, bom, nem se nota , apanho cada borracheira, só acordo no outro dia no hospital .
Estes dias experimentei o pestico novo, o frango que parece leitão, que são os pitos criados na quinta do negrão, que são mais tenrinhos que eu sei lá.
Mas estes dias, eu nem vos digo nem vos conto, o meu Alfredo comeu mais, e meteu daquele molho especial que é piri-piri com pimenta que ate impola a cabecinha dos homes ai meu Deus, ele teve uma caganeira que ate se me partiu a cagadeira, Ai que fanfarra que foi, nem quando ele come feijoes é assim , valha-me deus.
Mas que é bom é.
Adérito, és o maior home, gosto muito dos teus caracóis, este é dedicado a ti e ao teu bergalhudo.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Mini tornado
Hoje quando estava a vender as minhas couves e o grelo lá na feira de Troncoso, veio um mini tornado que me levou a barraca pelos ares. O meu home ainda tentou ir atrás dela mas aquilo parecia como os balões dos catraios vou, vou, vou, nunca mais ninguém a viu.
A feira estava num trinta e um, era o grelo a voar por todo o lado, a pencas na cara das pessoas, a cebola toda espalhada no chão, eu já nem sabia o que mais fazer, só me apetecia ir á Alzira da mercearia comprar um quarteirão de vinho e beber até esquecer. O pior estava para acontecer quando , o vento soprava ainda mais forte e eu ouvia os berros do meu mais novo o Roberto anão, o catraio com aquele vento todo, levanta-me voo, se não era o cigano la da aldeia a agarrar-lhe por uma perna, o Sr. Lello da Constipação, ai jasus cristo nosso senhor do sacramento da trindade Maria, lá se me ia o Roberto colina acima.
Chego a casa e vejo a Linina a chorar a mulher partiu-me uma perna, andava em cima do escadote na apanha do dióspiro e caiu com o vento todo, e tadita não se conseguiu manter hirta.
Eu tinha a minha horta toda destruída, os tomates esmagados, ate pareciam os do meu home, as árvores sem folha, os marmelos todos no chão , uma tristeza.
Mas uma coisa que eu aprendi, foi que em dias de muito vento tenho de amarrar paralelos aos pés do Roberto para ela não me fugir.
quarta-feira, 24 de março de 2010
O MEU ÍDOLO
O MEU ÍDOLO, O TONY CARREIRA !!!
Este home é tudo o que eu desejo. A camisa aberta e o pêlo no peito excitam me de tal maneira, fico logo com os mamilos tesos. É um verdadeiro macho latino. Se o meu Manel fosse assim, havia fanfarra todos os dias. Vou sempre a todos os concertos e já tenho uma tshirt, cascol, luvas sem dedos, hímen po frigorífico, boné e um dildo personalizado, que a Morcela me mandou fazer pelos anos. Sempre que o vejo nos concertos, choro sempre, pelo menos uma vez, ou na entrada dele ou quando as badalhocas fãs dele me empurram nos concertos. Uma vez pedi lhe que me assinasse os peitos e ele como cavalheiro que é assinou! Ainda tenho o autografo nos seios, nunca mais lavei as mamas, já tão um bocado escuras do lixo e confesso que as vezes já me cheirou a catinga e acho que vinha das mamas, mas nem isso me levou a lavar os seios. SÓ PORQUE TE ADORO TONY!! FAZ ME UM FILHO !!!!!
domingo, 21 de março de 2010
O pomposo casamento do meu mais novo
Legenda: O meu mais novo com o bouquet e o seu mais que tudo de leque, o Vinicius Grosso
Tudo começou quando o meu mais novo entrou para o curso profissional de estética e beleza. Ambos conheceram se no famoso bar de homesessuais da aldeia " Bregalhos". Desde novo o meu rico filho frequentava estes sítios, sendo que a nossa família sempre foi mal vista pelos restantes habitantes. Mas o miúdo era feliz assim num o podia impedir. Cheguei a ir umas vezes com ele po bar. Tem luzes de qualidade e a musica ate era forte. Sempre o apoiei nisto dele gostar de homes.
Eles namoraram varias semanas ate que o Vinicius pediu lhe a mão em casamento, foi tão emocionante, todos nos a volta da fogueira, num piquenique. Até o meu Manel chorou, um bicho mordeu lhe o pau. Enfim, histórias...
O casamento realizou-se no passado fim de semana. Toda a aldeia foi convidada, ate o Presidente da junta deu la um saltada. Tava tudo tão bonito, a decoração era giríssima, cor arco-íris, por acaso muito jeitosinha. Não percebi o porque da cor, mas gostei, são gostos, não é?
De manhã foi o casamento, toda a gente muito bem arranjadinha, a Nanda facturou bem.
De tarde fomos todos comer e dançar po café do Tino. Foi uma festança!!! NON STOPPING (como diz o meu mais novo ). Ao fim da tardinha já ninguém tava consciente e metade da aldeia já andava sem camisola, eu pessoalmente já só andava de ceroulas e soutien. Foi uma bela de uma festa, sim senhora, gostei.
Houve muito karaoke, a dança do hula hula, banhos na fonte, step, jogo da malha, strip, caça á lebre e coisas assim.
Toda a aldeia adorou, po ano que vem é para repetir!!!
terça-feira, 16 de março de 2010
AS MENINAS DO FÓRROÓ !!!
Este é o nosso querido bebé o ZE DA KID
AS MENINAS DO FÓRRÓ
ELAS ANDAVAM NA RUA,
SEM NADA PARA FAZER,
ESTAGNARAM NA RUA
E COMEÇARAM A RENDER!
O ZE DA KID É O SEU CHULO
TEM UM GRANDE BREGALHUDO
TEM OS MAMILOS PELUDOS E TESUDOS
LEVA CARO E FAZ DESCONTOS!
O SEU UMBIGO É FARFALHUDO
MAS QUÊ?? NUM GOSTAS?!?!?!?!
SÃO AS MENINAS DO FÓRRÓ ( DO FÓRRÓ )
DE MINI-SAIA PELA ESCURINHA
O QUE ELAS QUEREM É LEVAR NA PITINHA
COM CAMISA ATÉ AO UMBIGO
E PELÃO NA VENTA
UM ÂNUS GRANDALHUDO
E VENDEM-SE NA SARJETA
SÃO AS MENINAS DO FÓRRÓ ( DO FÓRRÓ )
DE MINI-SAIA PELA ESCURINHA
O QUE ELAS QUEREM É LEVAR NA PITINHA
NA POMBINHA PELUDINHA
DE VESTIMENTA À ENFERMEIRA
QUEM BANDULHO NO CAGUEIRO
SÃO AS MENINAS DO FÓRRÓ ( DO FÓRRÓ )
DE MINI-SAIA PELA ESCURINHA
O QUE ELAS QUEREM É LEVAR NA PITINHA!! NA PITINHA !!
terça-feira, 9 de março de 2010
Vítima de Carjacking
Na Semana passada fui vítima de Carjacking. O roubo deu se de manha quando fui fazer a minha habitual visita aos aleijadinhos da aldeia, ao centro social e cultura de Trancoso. Estacionei o meu carro duas ruas acima da esteticista e nudista Cristina & Ida e fui à minha vida. Como era feriado o centro estava fechado para obras, então voltei po carro. Quando me tentava dirigir á mercearia da Tina dois indibidios tentaram me aroubar o carro. Começaram por me abrir a porta da mala, com o carro em andamento, mas eu tentei acelerar, como o carro é velhinho, não ia a mais que 10 à hora. Depois como a porta da mala ta um bocado fodida, tentaram as de trás. A minha sorte é que o carro é só de duas portas. Eu perante aquela situação entrei em pânico e como não tinha os calmantes para por debaixo da língua comecei a ter ataques de epilepsia. Mas o pior ainda tava para vir!! Um dos malandros, eu não lhe vi a cara porque tava sem óculos, saltou se me para o vidro da frente e eu perante aquele situação não me consegui controlar e saquei do ferro. Abri o vidro e dei lhe duas marretadas com o ferro. O malandro ficou em coma! E ao outro queimei lhe os olhos com laca!!! Ai que malandros!!! A tentar assaltar uma moça indefesa!!! Apanhei um susto, mas depois fui à policia, mas como tavam para férias fui para casa!
sábado, 6 de março de 2010
Acharam me DROGA no quintal
Hoje pelas 2 e meia da tarde a PJ passou pela aldeia numa busca ao cheiro da droga. Varias casas foram revistadas mas apenas na minha, na do toxicodependente Aníbal, o jardineiro, e na cegueta, perneta e sem uma das orelhas, a Deolinda foram encontradas plantações de droga.
Há uns 3/4 anos recebi como prenda por ter ganho a corrida de sacos aqui na aldeia, duas plantas iguais as que se pode ver na foto. Desde cedo adorei a formas das folhas e o aroma que tinham. Quando as tínhamos em casa, sem sabermos porquê, éramos muito felizes. Aquele tipo de felicidade que num se sabe muito bem explicar. Graças a elas eu e o Manel fazíamos o amor 2 vezes ao mês sem qualquer tipo de medicação. Deixei também de tomar os remédios para os joanetes e para o coração, comecei uma nova terapia. A minha vizinha aconselhou me a pegar nas folhas e a fazer um cházinho com elas. Nunca mais tive dores, remédio santo. A partir daí as nossas vidas melhoraram. Comecei a meter as estranhas ervas na comida, na bebida, no banho e até uma vez curei uma infecção vaginal com elas. Elas cresciam que nem doidas e como eram tão jeitosas para as dores e para dar outro paladar á comida comecei a vende las. DEITAR FORA É QUE NUM! É PECADO. O certo é que toda a gente na aldeia andava muito mais bem disposta e raramente havia tiroteiro. Foram bons tempos! Para animar as festas religiosas da aldeia, enrolávamos as folhas e dávamos uma passas. Parecíamos os índios, à volta da fogueira a passar aquilo de mão em mão. Nunca tinham sido tão relaxantes as festas nem tão divertidas. Nunca soube porquê mas o Roberto, o anão filho da Morcela, desde ai andava sempre nu. Ainda bem que há poucos pedófilos na aldeia, e os que existem a gente sabe quem são. Coitado do miúdo tem uma deficiência na tiróide e seguindo rumores é anoréctico.
Apesar das coisas positivas, ai foi uma vergonha!!!! A policia aqui a porta a dizer que eu tinha droga. Eu sabia lá que aquilo era droga. Pensava que eram ervas terapêuticas. Ai se não são, deviam, curam tudo: diarreias, gripes, dores musculares, depressões e dores pós-operatórias.
Agora que me tiraram as plantas num sei que fazer a minha vida!!!!!!!!!! As dores tão de volta e o dinheirinho que ganhava com a venda dava me jeito. Ajudou a pagar a viagem do meu mais novo à Castelo Branco.
CONFESSO QUE VOU SENTIR FALTA!!!! AS MINHAS RICAS PLANTAS!!!
produção em conjunto com: Miguel Teixeira
domingo, 28 de fevereiro de 2010
A Paroquia da Aldeia
Aqui na aldeia somos todos extremamente religiosos. Todos os domingos a população juntasse para a habitual missa com o padre Alex. Todas as crianças frequentam a catequese e são organizados inúmeros passeias pela paroquia, em que são convidadas todas as pessoas e passados verdadeiros momentos de lazer e pura maluqueira fora da aldeia. Toda a gente leva a sua merenda e passamos uma tarde bem passada. É habitual ocorrerem competições da malha e de futebol. Os miúdos adoram estas coisas. Fazemos excursões a grutas e sessões fotográficas na praia.
Este é o padre Alex da Paroquia. Está connosco faz hoje 3 anos e 25 dias e desde então não quer outra coisa. As missas costumam ser muito lúdicas. TODA A GENTE ADORA O PADRE ALEX.
Esta foto foi tirada numa excursão a Chaves. Eu e o meu home, Manel. Somos um casal tão tão feliz. Neste dia até tínhamos feito anos de casados. Foi mesmo romântico. Jantamos numa tasca à luz das velas ( tinha havido um apagar de luz ). Foi lindo. Depois fizemos o amor atrás de uma árvore. Fizemos-lo duas vezes. Que marotos :p
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
As BFFS da Horta
Eu e a Murcela, a minha amiga de longa data, conhecemo nos em pequeninas. Crescemos juntas la na aldeia e desde entao que somos inseparaveis. Este texto é dedicado a ela. MURCELA É PARA TI MULHER !! Em pequeninas corriamos pelas ribeiras na apanha do salmao e costumavamos frequentar a catequese juntas, como se costumar dizer actividades de amigas coloridas. Em jovens iamos para o lago apanhar sol e uma vez, nunca me eide esquecer, conhecemos dois moços, o jorginho ( filho do presidente da junta ) e o primo, o Zé Nelo, mais conhecido na aldeia por Pilinhas. Eramos mesmo felizes na altura. Depois veio o casamento ( E tu mulher se bem que tiveste muitos ) e os catraios e agora temos tido menos tempo dara as nossas fanfarras. Agora nem ao carnaval da aldeia vizinha vamos juntas.
Ai lembraste quando nos chatiamos porque o teu mais novo, o Roberto anão, atropelou duas ovelhas minhas com a scooter? Ai miga fiquei tao chatiada! Mas tu depois la me fizeste a tua preciosa canja de grelos e fizemos as pazes. Ainda me lembro das nossas saidas a pares, eu, tu e os nossos homes e a Clarinha e a companheira dela. Sempre gozamos com ela, porque gostava de mulheres, chamavamos lhe a Beiços. Era uma curte.
Como os tempos passam e agora, ao fim de longos anos, ainda somos BFFS DA HORTA. Sempre partilhamos legumes e fruta das hortas e faziamos o pastoreio á mesma hora, só para fugir ao teu compadre e para darmos uma de letra.
VELHOS TEMPOS MULHER!
Este texto é para que nunca te esqueças que me tens aqui, apesar de terem demolido o muro que nos separava. Ai eu tanto tenho que te agradecer pela ajuda que me tens dado quando tou sozinha e se me dao aqueles malditos ataques, que a bem dizer fazem parte da idade ou quando me levas os catraios para o escolinha!
Apesar de nunca me teres dito que andavas na bubiba e o teu mais novo ter pegado varicela ao meu, quero que saibas que és a minha BFF das culturas, colheiras e gado.
ADORO TE
O MEU MUITO OBRIGADA MULHER!
ESTARÁS SEMPRE NO MEU CORAÇÃO <3
Murcela
Sou a Antonieta Felismina Repolho Murcela, filha da Alzira da merciaria e do Américo peixeiro da aldeia . Sou natural e residente desde que nasci de Troncoso.
Casei-me ao 35 ano, porque o meu pai ofereceu 7 ovelhas e 70 galinhas ao homem mais velho da aldeia, que tinha 97 anos, porque ninguem me queria, porque diziam que tinha muito bigodinho e pelos no peito.Após 3 meses de casamento o jaquim, morre a comer a ceralelac, isto porque tinha perdido a placa quando foi pastar as cabras ao monte.Fui-me casar com o catrio dele que tambem era solteiro e dessa relação sairam 5 catraios mais lindos. O Casemiro, o Alfredo, a Clementina , o Simão , a Lucilia e o meu mais novo o Roberto que é anão.
Neste momento vivi com o meu homem o Alberto Jesus, filho do meu falecido marido e da miquinhas da fonte que nunca cheguei a conhecer , que morreu antes de eu nascer, com os meus cinco filhos, ou quatro e meio como na aldeia dizem, com o meu avô , Romeu da Cruz Mocadas e com a minha tia, a Gabriela do Socorro, porque estão avariadinhos e o meu Alfredo , o do meio, dsse que como concertas as poucas televisões da aldeia podia ser que desse o jeitinho a eles ficassem melhores.
Formei-me na custura de peles de coelho e ovelha, mas actualmente vivi do rendimento da minha tia e do meu avô, mais o abono do Roberto que esse é piqueno para toda a vida , mais o rendimento mínimo, sou alcoólica desde os meus 13 anos, desde que comecei a ir buscar vinho a adega para por na mesa ao comer, que pumba mais uma golada e quando dava por minha já estava a saluçar.
Danço e canto do rancho daqui da aldeia, sem esquecer que tenho uma horta em conjunto com a Lininha que é a minha melhor amiga desde o dia em que me ajudou a saber o que era monstrualção, pensando eu que tinha esmagado algum bicho por entre as pernas.
Casei-me ao 35 ano, porque o meu pai ofereceu 7 ovelhas e 70 galinhas ao homem mais velho da aldeia, que tinha 97 anos, porque ninguem me queria, porque diziam que tinha muito bigodinho e pelos no peito.Após 3 meses de casamento o jaquim, morre a comer a ceralelac, isto porque tinha perdido a placa quando foi pastar as cabras ao monte.Fui-me casar com o catrio dele que tambem era solteiro e dessa relação sairam 5 catraios mais lindos. O Casemiro, o Alfredo, a Clementina , o Simão , a Lucilia e o meu mais novo o Roberto que é anão.
Neste momento vivi com o meu homem o Alberto Jesus, filho do meu falecido marido e da miquinhas da fonte que nunca cheguei a conhecer , que morreu antes de eu nascer, com os meus cinco filhos, ou quatro e meio como na aldeia dizem, com o meu avô , Romeu da Cruz Mocadas e com a minha tia, a Gabriela do Socorro, porque estão avariadinhos e o meu Alfredo , o do meio, dsse que como concertas as poucas televisões da aldeia podia ser que desse o jeitinho a eles ficassem melhores.
Formei-me na custura de peles de coelho e ovelha, mas actualmente vivi do rendimento da minha tia e do meu avô, mais o abono do Roberto que esse é piqueno para toda a vida , mais o rendimento mínimo, sou alcoólica desde os meus 13 anos, desde que comecei a ir buscar vinho a adega para por na mesa ao comer, que pumba mais uma golada e quando dava por minha já estava a saluçar.
Danço e canto do rancho daqui da aldeia, sem esquecer que tenho uma horta em conjunto com a Lininha que é a minha melhor amiga desde o dia em que me ajudou a saber o que era monstrualção, pensando eu que tinha esmagado algum bicho por entre as pernas.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
A Festa da Apanha da Castanha
A festa da Apanha da Castanha é feita aqui na aldeia em Março. A aldeia juntasse toda e há bubida e comida toda a semana, financiada pelo Presidente da junta José Pinho. A Apanha da Castanha é uma tradição da nossa aldeia e todos os anos organizamos uma pequena feira em memoria dos combatentes que lutaram para tornar esta aldeia um lugar melhor. A feira é constituida por carroceis, rolottes de farturas e porras e as habituais barracas dos ciganos cá da aldeia. Eu pessoalmente adoro esta festa, alias eu adoro todas as tradições aqui da feira, já desde miúda frequentava estas coisas, o meu tio ja falecido tinha uma barraca com jogos tradicionais e eu nesta altura costumava ajuda lo com estas coisas. Todos os anos temos um convidado especial á actuar, o ano passado foi o João Caçarrola e este ano o cartaz é supresa, mas já se tem especulado muita pela aldeia que será o filho da cunhada da dona da loja e café Tino Arrebita.
Esta feira é um lugar de convivio e diversão uma vez que toda a aldeia se junta ( somos mais de 55 habitantes ) e ninguem dorme nessa semana. Há fanfarra toda a semana, uma coisa louca!
Estes ultimos anos temos recebido mais pessoas de fora, que tem adorado e prometem voltar. O Presidente da Junta este ano prometeu umas atracções especiais, para dinamizar a aldeia e atrair mais estrangeiros. Temos tambem exposição de comidas tradicionais e de artesanato, produzido pelo grande e prestigiado QUIM BOLOTA, escultor de renome aqui da aldeia.
Na imagem sou eu, a Murcela, uma prima da Clarinha, a Clarinha e a Natividade
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Eu sou e sempre serei Lininha
Saudações a todos!
Eu sou a Lininha, tenho 49 anos e vivo em Trancoso. Aos 17 anos conheci Manel o meu marido de toda uma vida. Estávamos os dois na festa da paroquia do padre Alex, quando ele se aproxima de mim, como quem não quer a coisa, e me pede para ir dar um giro com ele pela aldeia. Ai nunca me eide esquecer! Subimos o monte do pastorio e atiramos pedras um ao outro. Ainda hoje tenho a cicatriz no olho dos oito pontos que levei. Mas foi romântico. Ao fim da tardinha sentamo nos a ver o Gil das nozes a correr atras das ovelhas e ao tiroteiro com as arvores. O filha da mãe nao acertava uma! Desde dessa tarde, eu sabia que o Manel, filho da Florinda e afilhado do Alipio, seria o MEU MANEL!
Começamos a namorar dois dias depois, ele deu me uma argola ( tipo anel ) feito de cobre e com pedrinhas da calçada! Era lindo, nunca o tirei! Hoje está amarelo da ferrugem, mas o cobre está caro, num da para comprar outro. Somos um casal muto feliz. Tenhos três catraios. O Chico, a Casandra e o Cústodio.
Formei me em fivelas e agora tou desempregada, mas antes de me mandarem embora, trabalhava numa escola na cantina. O meu home é electricista e actualmente tenho um afilhado a viver com nosco o Gusto, porque o pai foi preso por posse de morfina e a mãe é emigrante no Chechenia.
Temos uma quinta com gado bravio e somos donos da drogaria da aldeia. É a nossa familia que fica responsavel por organizar a apanha da perdiz e a festa da Santa Rita na aldeia. Actualmente somos conhecidos pelas festas de anfariação de fundos para a catequese da aldeia. Somos uma aldeia religiosa e com mutas tradições.
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